Ao longo dos meus anos acompanhando pacientes e ouvindo relatos de quem já sofreu com dor ou desconforto nas pernas, percebo como existe um temor grande quando alguém fala a palavra “trombo”. Não à toa: esse coágulo sanguíneo pode trazer consequências sérias para a saúde vascular, especialmente quando falamos da temida trombose venosa profunda (TVP). Neste artigo, explico de forma clara e direta o que é o trombo, os sinais de alerta, os riscos e, principalmente, como evitá-lo, aproveitando para ressaltar as tecnologias e cuidados modernos que fazem cada vez mais diferença na prevenção e no tratamento.
O que é um trombo na perna?
Quando penso em trombo, logo me vem à mente um coágulo que se forma dentro dos vasos sanguíneos e interrompe o fluxo normal do sangue. Na maioria das vezes, surge nas veias profundas da perna. A trombose venosa profunda (TVP) é, na minha experiência, a forma mais grave, pois pode liberar fragmentos desse coágulo que viajam até os pulmões e causam embolia pulmonar, quadro potencialmente fatal.
Coágulos nas pernas exigem atenção e ação rápida.
Mesmo assim, qualquer trombo merece ser observado com cuidado, pois pode evoluir de forma silenciosa e inesperada.
Sintomas de trombo na perna: quais sinais observar?
Costumo dizer aos meus pacientes que a atenção aos sintomas é um verdadeiro salva-vidas. Os sinais podem ser discretos no início, mas precisam ser levados a sério, inclusive nas situações em que há apenas desconforto.
- Inchaço localizado, principalmente abaixo do joelho
- Dor contínua, que piora ao ficar em pé ou caminhar
- Vermelhidão
- Calor ao toque
- Sensação de peso e cansaço na perna afetada
- Dificuldade de movimentar a perna
- Endurecimento da musculatura ou do trajeto venoso
Já vi pessoas acharem que é só cansaço comum ou uma “batida”, mas o perigo está justamente em subestimar os sintomas leves. Reconhecer precocemente faz toda a diferença no prognóstico, pois quanto antes o diagnóstico, menores os riscos de complicações.
Quem corre mais risco de ter trombo?
Apesar de qualquer pessoa estar sujeita, alguns fatores aumentam – e muito – as chances de trombose nas pernas. Na minha prática, me deparo frequentemente com essas situações de risco:
- Imobilidade prolongada (após cirurgias, viagens longas, repouso)
- Varizes e insuficiência venosa
- Obesidade
- Idade avançada
- Gestação e pós-parto
- Uso de anticoncepcionais orais ou terapia hormonal
- Histórico pessoal ou familiar de trombose
- Tabagismo
- Desidratação
- Doenças crônicas (cardíacas, renais, autoimunes)
- Câncer
Se você pertence a algum desses grupos, mantenha redobrada atenção aos sintomas.
Lembro de um caso em que uma paciente só percebeu sua trombose após uma viagem longa de avião, pela “pressa” de voltar à rotina. Imobilidade, mesmo em casa, pode ser um fator desencadeante, principalmente para quem já tem varizes. Por isso, tenho reforçado sempre em meus atendimentos a necessidade de pequenas caminhadas e flexões dos pés nessas situações.
Como é feito o diagnóstico?
Ao suspeitar de trombose, o ideal é buscar avaliação médica especializada, preferencialmente com um cirurgião vascular. Eu, por exemplo, sempre realizo uma anamnese detalhada e exame físico, buscando sinais sugestivos. Os exames mais solicitados, quando suspeito de TVP, incluem:
- Ultrassom doppler venoso da perna (principal exame para detectar o coágulo e ver extensão)
- Exame laboratorial de D-dímero (ajuda em casos duvidosos)
- Angiotomografia venosa (em situações específicas, principalmente suspeita de embolia pulmonar)
O diagnóstico precoce da trombose é determinante para o sucesso do tratamento. E, felizmente, a tecnologia dos exames evoluiu muito, trazendo resultados rápidos e precisos.

Como é feito o tratamento da trombose?
Falo com meus pacientes que não dá para “perder tempo”. Ao confirmar o diagnóstico, o início rápido da terapia é indispensável para evitar que o coágulo cresça ou solte fragmentos que podem chegar ao pulmão.
O tratamento tradicional e mais seguro ainda se baseia em quatro pilares principais:
- Uso de anticoagulantes: feitos sob acompanhamento médico, impedem que o coágulo aumente ou que novos surjam. Dose, duração e tipo do medicamento variam conforme a gravidade e perfil do paciente.
- Meias de compressão: imprescindíveis para reduzir o inchaço e prevenir síndrome pós-trombótica, principalmente em episódios abaixo do joelho.
- Cuidados domiciliares: repouso relativo, manter a perna elevada, evitar longos períodos sentados e dar pequenos passos ao longo do dia.
- Procedimentos cirúrgicos: reservados para casos graves, como trombos muito extensos, dor intensa ou risco de complicações, sendo sempre individualizado.
Jamais tome medicamentos por conta própria: cada caso exige ajuste conforme risco e benefício.
Assim como oriento para varizes, cada paciente precisa de um plano único, pensando em qualidade de vida e segurança.
Quais sinais indicam emergência?
Esse é um dos temas que mais reforço no consultório. Alguns sintomas indicam risco imediato e demanda de pronto-atendimento:
- Falta de ar de início repentino
- Dor torácica (no peito), forte ou persistente
- Desmaios ou sensação de desfalecimento
- Palpitações
- Tosse com sangue
Nesses casos, não se deve esperar, tentar repousar ou aguardar melhora: procure ajuda médica imediatamente. O risco de embolia pulmonar é real e o atendimento rápido pode salvar vidas.
Como prevenir trombose e cuidar das pernas?
Se me perguntarem o que realmente funciona na prevenção, gostaria de listar alguns hábitos simples, porém poderosos:
- Movimentar-se com frequência, mesmo em casa ou no trabalho
- Hidratação adequada (levar sempre uma garrafinha com água por perto faz diferença)
- Evitar o cigarro
- Manter um peso saudável
- Controlar doenças crônicas e realizar acompanhamento regular
- Realizar o tratamento adequado de varizes (saiba como realizar procedimentos modernos sem cirurgia)
- Em viagens longas, levantar-se sempre que possível, usar meias de compressão e mover as pernas
- Acompanhamento médico após cirurgias ou imobilizações é fundamental
Prevenir trombose é muito mais simples do que tratar suas consequências.
Destaco que o cuidado com varizes, além de proteger das tromboses, melhora muito o bem-estar e autoestima. No Varizes e Vazinhos, indico sempre profissionais vascular que adotam protocolos modernos como a técnica ATTA, oferecendo resultados mais rápidos, seguros e com acompanhamento contínuo, o que faz diferença tanto na prevenção quanto na recuperação.
Acompanhamento e riscos de não tratar a trombose
Depois de passar por um episódio de trombo, nunca oriento que o paciente “relaxe” completamente. É no acompanhamento pós-trombose que conseguimos ajustar medicações, monitorar possíveis sequelas e reduzir o risco de um novo evento. Entre as consequências possíveis do tratamento inadequado ou abandono estão:
- Dor crônica persistente
- Edema (inchaço) indefinido
- Manchas escurecidas ou avermelhadas na pele
- Feridas (úlceras venosas)
- Comprometimento da circulação da perna
Manter o acompanhamento médico faz total diferença para a qualidade de vida a longo prazo. Assim como quem tem varizes precisa de atenção mesmo após o tratamento, quem já teve trombose deve cuidar constantemente da saúde vascular.

Atendimento humanizado e novas tecnologias: um novo olhar sobre a saúde vascular
Uma evolução que vejo com entusiasmo é o avanço das técnicas humanizadas e dos métodos modernos para cuidar da saúde vascular. A Clínica Thiago Charamba, em Arcoverde, é um exemplo desses locais que valorizam não só tecnologia, mas o olhar individualizado ao paciente, com foco em acolhimento e qualidade de vida.
Atualmente, tratar varizes não exige mais cirurgia tradicional obrigatoriamente. Com avaliação precisa, é possível indicar métodos minimamente invasivos, a exemplo do laser endovenoso. Para quem quer mais detalhes sobre causas, sintomas e novos tratamentos de varizes, recomendo a leitura sobre sintomas e abordagens de varizes ou conhecer melhores dicas em como evitar o agravamento das varizes.
No Varizes e Vazinhos, tenho orgulho de contribuir indicando médicos certificados que adotam essas técnicas, tornando o cuidado simples, sem cortes nem internação desnecessária.
Conclusão: ao menor sinal, procure orientação
Se tem um conselho que repito sempre é: não ignore sinais nas pernas, principalmente se você apresenta fatores de risco para trombo ou sente sintomas recorrentes. Buscar orientação médica rapidamente evita complicações, desconforto e sequelas maiores. E jamais use medicamentos por conta própria. O acompanhamento profissional salva vidas e, como estou cansado de ver, aumenta a liberdade de viver bem e sem medo.
Valorize sua saúde vascular! Visite o blog Varizes e Vazinhos para saber mais sobre prevenção, sintomas e novidades em tratamentos. Agende uma consulta com um médico vascular certificado e alcance uma vida com mais liberdade e confiança!
Perguntas frequentes sobre trombo na perna
O que é trombose na perna?
Trombose na perna ocorre quando um coágulo sanguíneo se forma nas veias profundas (geralmente da panturrilha ou coxa), bloqueando o fluxo do sangue. Essa obstrução pode causar dor, inchaço, vermelhidão e complicações graves como embolia pulmonar se o coágulo se deslocar.
Quais são os sintomas da trombose?
Os principais sintomas são inchaço localizado, dor contínua ou sensação de peso na perna, vermelhidão, calor na área afetada, endurecimento e dificuldade de movimentação. Mesmo sintomas leves não devem ser ignorados, pois o diagnóstico precoce reduz riscos.
Como prevenir trombose nas pernas?
A prevenção envolve hábitos como movimentação regular (especialmente em viagens ou após cirurgias), hidratação, controle de peso, evitar tabagismo, tratar varizes e consultar um especialista periodicamente. O uso de meias de compressão é útil em casos de risco elevado.
Quais os riscos da trombose não tratada?
A trombose não tratada pode levar à embolia pulmonar, insuficiência venosa crônica, dor persistente, manchas na pele e aparecimento de úlceras nas pernas. Em casos graves, pode ser fatal.
Quem tem mais chance de ter trombose?
O risco aumenta em pessoas com idade avançada, obesidade, gestação, uso de anticoncepcionais, imobilização prolongada, varizes, histórico familiar, doenças crônicas ou câncer, além de tabagismo e desidratação. Fatores combinados elevam ainda mais a probabilidade.
